Veja dicas para não errar.
Conheça as diferenças entre lubrificantes mineral, sintético e semissintético e o que significam as letras que indicam a viscosidade do óleo.

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Usar o lubrificante indicado pela montadora do seu carro garante melhor rendimento em alta velocidade, melhor partida a frio e menor atrito entre as peças

Essa história de que você só deve usar no carro o óleo recomendado pelas montadoras parece mais um mito, mas não é. Isso é sério, pessoal. Sejam nas trocas ou para completar o nível, você precisa usar somente o que está especificado no manual do proprietário do veículo. Isso não significa, porém, que você deve trocar o lubrificante somente na concessionária com a marca vendida por eles. O mais importante é observar as especificações indicadas: se mineral, sintético ou semissintético e aquelas siglas na embalagem que indicam os testes de viscosidade (SAE) e desempenho (API ou ACEA).

O que é o SAE?

Antes de explicar as diferenças dos tipos de óleo, vamos entender melhor o que é viscosidade no lubrificante. A viscosidade é a propriedade mais importante dos óleos lubrificantes, podendo ser definida como a resistência ao escoamento que apresentam. No caso dos lubrificantes para motores há a classificação da SAE, sigla em inglês para Sociedade Americana de Engenheiros Automotivos. Quanto maior esse número SAE, maior a viscosidade para o óleo suportar maiores temperaturas. Essa medição aparece em duas escalas: uma de baixa temperatura (de 0W até 25W, onde a letra W é proveniente de palavra inglesa “winter”) e outra de alta (de 8 a 60). Por isso você vê, por exemplo, óleos SAE 5W-30. O 5 é para baixa temperatura reduzindo o desgaste na partida do motor frio e o 30 é para altas temperaturas.

Daí a importância de sempre colocar o óleo recomendado pela montadora. São anos e anos de testes para escolher o lubrificante a ser usado nos motores para que o carro tenha melhor rendimento em alta rotação, melhor partida a frio e menor atrito entre as peças reduzindo o desgaste. Tudo isso vai refletir em maior durabilidade, menos emissão de gases e até economia de combustível.

As outras duas especificações importantes a serem observadas são quanto ao desempenho do óleo, que aparecem junto às sigas API e ACEA. As siglas representam entidades internacionais responsáveis por avaliar os níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Para carros de passeio, por exemplo, há os níveis API SN, SM, SL, SJ, etc. A classificação ACEA pode aparecer A3-02, por exemplo. Por isso, olhe sempre no manual do seu carro quais as recomendações quanto ao SAE, API e ACEA.

Mineral, sintético ou semissintético?

Nas especificações do seu carro já diz se o óleo básico utilizado no lubrificante deve ser mineral, sintético ou semissintético. Siga isso. Para você entender melhor, veja as diferenças entre eles.

Minerais: são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos e em função do seu menor custo são os mais utilizados nos lubrificantes automotivos. Podem aparece somente com um dos números do SAE, como 40, por exemplo.

Sintéticos: são obtidos por reação química, com maior controle em sua fabricação. Por isso, são obtidos produtos superiores, mais puros. Pela formulação, geralmente são mais caros. Conseguem funcionar melhor em altas e baixas temperaturas.

Semissintéticos: os óleos semissintéticos ou de base sintética empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo elevado.

Vale lembrar que não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de empresas diferentes. A mistura pode comprometer o desempenho e gerar a borra no motor.

Fonte: g1.globo.com